Calenda - Le calendrier des lettres et sciences humaines et sociales
SéminaireSociologie
Catégories
Workshop de género
Gender workshop
Publié le lundi 06 février 2012
Résumé
Annonce
Programa
26 de abril de 2012
Direito da(s) Família(s) no século XXI: reflexões sobre o caso português
Paula Casaleiro (CES)17h00, sala 2, CES-Coimbra
Resumo
Nos últimos 30 anos, designadamente após a Revolução Democrática do 25 de Abril, o direito da família e as famílias em Portugal sofreram profundas alterações. O Direito da Família tem vindo a evoluir no sentido de responder, por um lado, à consagração do princípio da igualdade e, por outro lado, à transformação da(s) família(s), cada vez mais diversas e complexas.
O primeiro texto, “Dois numa só carne” de Guilherme de Oliveira, descreve a evolução do Direito civil da Família desde a tradicional supremacia do marido até à igualdade dos cônjuges contemporânea. Tendo em conta que os factos mostram que a mulher continua desfavorecida relativamente ao marido ou ao ex-marido, o autor questiona o papel que pode ter o legislador do Direito civil da Família, defendendo que é na área do Direito Social, entendido em sentido amplo, que se pode contribuir para a igualdade real.
O segundo texto, “Género e Justiça: que igualdade para o século XXI” de Teresa Bravo, ex-juíza do Tribunal de Família e Menores de Lisboa, começa também por discutir a evolução legislativa do Direito Português, e mais concretamente a área do Direito da família, enquanto forte legitimadora da (des)igualdade material no período anterior ao 25 de Abril. Centrando-se, posteriormente, na aplicação prática do Direito de Família e mais concretamente na regulação das responsabilidades parentais, discutindo o papel do Direito e, designadamente das decisões judiciais na concretização da igualdade entre homens e mulheres.
A partir destes dois textos pretende-se analisar e questionar as transformações do direito da família e das crianças, desde o pós-25 de Abril até ao século XXI, para responder à consagração do paradigma igualitário, bem com a aplicação do direito de família, em Portugal, à luz das teorias feministas do direito.
Nota Biográfica
Paula Casaleiro é socióloga e investigadora júnior do Centro Estudos Sociais, integrando o DECIDe. Atualmente, integra a equipa de investigação do projeto "O género do direito e da justiça de família - As desigualdades e violência de género na transformação da lei de família e nas decisões dos Tribunais de Família e Menores", enquanto bolseira, coordenado por João Pedroso e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Artigos em discussão
- Bravo, Teresa M. (2007), “Género e Justiça: que Igualdade para o séc. XXI.” Campus Social, vol. 3 e 4. [efectuar download AQUI]
- Oliveira, Guilherme de (2004), “Dois numa só carne”. Ex Aequo, n.º 10, 41-49. [efectuar download AQUI]
Organização: Gisele Wolkoff, Júlia Garraio (NHUMEP) e Mihaela Mihai (DECIDe).
Nota: «Gender Workshop Series» é um espaço de discussão em torno de um ou dois textos sobre género que se realiza uma vez por mês.
29 de março de 2012
Para além das fronteiras: mulheres, migração e cidadania Clara Moura Lourenço (CES)
17h00, sala 2, CES-CoimbraResumo
Os movimentos populacionais à escala global tornaram-se uma característica das sociedades contemporâneas levando a que a generalidade das Ciências Sociais e Humanas se tenha vindo a interessar cada vez mais pelo estudo das migrações. Porém, até ao início dos anos oitenta, as abordagens da migração centravam-se quase exclusivamente nos sujeitos de sexo masculino e raramente incluíam as mulheres migrantes como sujeitos autónomos e atores sociais de pleno direito, sendo referidas apenas na sua qualidade de esposas que se vão juntar aos maridos quando a estadia no estrangeiro se prolonga.Mas a partir das décadas de 60/70, os movimentos feministas vêm questionar a invisibilidade das mulheres migrantes bem como a sua presumível passividade nos processos migratórios enfatizando a necessidade de incorporar a variável género. Daí que, como afirma Françoise Gaspard no texto que me proponho discutir, em poucos anos, se tenha passado de uma atitude de indiferença a uma atitude de interesse assente em representações contraditórias do papel da mulher migrante na sociedade de acolhimento.
Nota Biográfica
Clara Moura Lourenço é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela FLUC e mestre em Psicologia e Ciências da Educação pela FPCEUC. Atualmente está a concluir a sua dissertação de doutoramento sobre narrativas autobiográficas de mulheres portuguesas emigrantes em França. As suas áreas de interesse incluem as questões da autobiografia e do testemunho nas representações da experiência migrante, os estudos sobre as mulheres, os direitos humanos e a cidadania. Participou no projeto Novas Poéticas de Resistência: O século XXI em Portugal no qual foi responsável pelo sub-projeto "Semântica da Identidade na Palavra Migrante de Autoras Portuguesas em Paris e Montréal".
Artigo em discussão
• “Invisíveis, diabolizadas, instrumentalizadas: figuras de mulheres migrantes e das suas filhas na Europa" de Françoise Gaspard publicado na RCCS nº 50, Fevereiro 1998. [efectuar download AQUI]
Organização: Gisele Wolkoff, Júlia Garraio (NHUMEP) e Mihaela Mihai (DECIDe).
Nota: «Gender Workshop Series» é um espaço de discussão. em torno de um ou dois textos sobre género que se realiza uma vez por mês.
> Imprimir esta página
23 de fevereiro de 2012
‘Já chegámos’? Sexualidade queer, reconhecimento e homonormatividade Ana Cristina Santos (CES)
17h00, sala 2, CES-CoimbraResumo
Em 2010, Portugal tornou-se o oitavo país a reconhecer o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo (CPMS). Tal mudança vem juntar-se a uma série de alterações jurídicas que colocam Portugal na linha da frente do reconhecimento dos direitos de cidadania íntima e sexual de pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgénero (LGBT). Não obstante, o ponto de partida desta apresentação é o argumento de que o debate público acerca de direitos sexuais em Portugal é caracterizado por uma ‘política de contenção’.
Revisitando brevemente os avanços jurídicos na área LGBT e explorando o contributo do movimento LGBT enquanto gerador de mudança, durante a sessão debater-se-á a possibilidade de o Estado reconhecer relações LGBT na medida em que estas se ajustam aos valores dominantes. A este propósito, a aprovação do CPMS serve de pano de fundo à discussão acerca de agência, cidadania, reconhecimento, normatividade e subversão.
Nota Biográfica
Ana Cristina Santos é Socióloga. É doutorada em Estudos de Género pela Universidade de Leeds, Reino Unido (2008) e Mestre em Sociologia pela Universidade de Coimbra, Portugal (2004). Investigadora no Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra, e Honorary Research Fellow no Birkbeck Institute for Social Research, Universidade de Londres. Tem trabalhado em projetos de investigação sobre género, direitos sexuais e reprodutivos, cidadania e direitos humanos. O seu próximo projeto, a desenvolver entre 2012 e 2014, é sobre mulheres, deficiência e cidadania íntima. Publicações incluem Cometi um Crime? Representações sobre (i)legalidade do aborto (Afrontamento, 2010, coautora), Bound and Unbound: Interdisciplinary Approaches to Genders and Sexualities (Cambridge Scholars Publishing, 2008, coorg), Estudos Queer: Identidades, Contextos e Acção Colectiva (Revista Crítica de Ciências Sociais, 76, 2006, Org.) e A Lei do Desejo: Direitos Humanos e Minorias Sexuais em Portugal (Afrontamento, 2005). Encontra-se presentemente a trabalhar no seu próximo livro Social Movements and Sexual Citizenship in Southern Europe (Palgrave Macmillan, 2012). É ativista dos movimentos feminista e LGBT/queer.
Artigo em discussão
• Puar, J. K. 2007. Terrorist assemblages: Homonationalism in queer times. Durham and London: Duke University Press, pp. 1-36; 204-222. [efectuar download AQUI]
Organização: Gisele Wolkoff, Júlia Garraio (NHUMEP) e Mihaela Mihai (DECIDe). Esta sessão realiza-se em parceria com a associação Não te Prives - Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais.
19 de janeiro de 2012
A manipulação xenófoba dos direitos das mulheres
11h00-17h30, Sala 1, CES-CoimbraOrganizadoras: Teresa Toldy, Mihaela Mihai e Júlia Garraio (NHUMEP, POLICREDOS e DECIDe)
ENTRADA LIVRE, ATÉ AO LIMITE DOS LUGARES DISPONÍVEIS, COM INSCRIÇÃO OBRIGATÓRIA.
Programa:
11h00 – 11h10 Abertura
11h10 – 11h50 "As Mulheres dos Outros: Menoridades Legais, Cívicas e Culturais" - Manuela Ivone Cunha
11h50 – 12h05 Comentário por Mihaela Mihai
12h05 – 12h30 Discussão
12h30 – 14h00 Almoço
14h00 – 14h40 "'Vocês são mesmo assim!' A hiper-ritualização das 'outras mulheres'" - Teresa Toldy
14h40 – 14h55 Comentário por Júlia Garraio
14h55 – 15h20 Discussão
15h20 – 15h35 Pausa para café
15h35 – 16h15 “Branqueamento rosa de vidas 'inumanas': o conflito israelo-árabe entre a misoginia e a homofobia” - Shahd Wadi
16h15 – 16h30 Comentário por Silvia Rodríguez Maeso
16h30 – 17h15 Discussão
17h15 – 17h30 Encerramento
Catégories
- Sociologie (Catégorie principale)
- Sociétés > Sociologie > Étude des genres
Lieux
- Colégio de S. Jerónimo – Praça D. Dinis (Centro de Estudos Sociais)
Coimbra, Portugal
Dates
- jeudi 26 avril 2012
- jeudi 29 mars 2012
- jeudi 23 février 2012
- jeudi 19 janvier 2012
Contacts
- CES #
courriel : ces [at] ces [dot] uc [dot] pt
URLS de référence
Source de l'information
- Marie Pellen
courriel : marie [dot] pellen [at] openedition [dot] org
Licence
Cette annonce est mise à disposition selon les termes de la CC0 1.0 Universel.
Pour citer cette annonce
« Gender workshop », Séminaire, Calenda, Publié le lundi 06 février 2012, https://calenda-formation.labocleo.org/207171

