Página inicialA Grande Guerra e os Açores: Da estratégia naval à guerra das trincheiras
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A Grande Guerra e os Açores: Da estratégia naval à guerra das trincheiras
The Great War and the Azores: from naval strategy to trench warfare
Publicado jeudi, 02 de mars de 2017
Resumo
Este encontro visa analisar a relação do Atlântico, com particular ênfase nos Açores, no complexo apoio logístico aos beligerantes, independentemente do palco de guerra ser europeu ou colonial, e as múltiplas dinâmicas envolvidas, sejam políticas, económicas, ideológicas ou geográficas. Da mesma forma, procura valorizar e dignificar não só a memória dos atuantes como o Património material, e imaterial, no ano em que se evoca o bombardeamento da principal cidade açoriana e a criação de uma base naval estrangeira no seu território.
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Organização: Instituto de História Contemporânea da FCSH/NOVA; Universidade dos Açores
Local: Museu Militar dos Açores, Ponta Delgada
Datas: 13 a 16 de Julho de 2017
Prazo para submissão de propostas: 1 de Abril de 2017
Apresentação
O oceano Atlântico agrega a civilização ocidental nas suas margens, tendo ao seu centro o arquipélago dos Açores. Intensamente disputado desde os descobrimentos, com o advento da Revolução Industrial, com a propulsão mecânica e ascensão económica e política dos EUA, conheceria um incremento comercial, baseado numa possante economia de mercado e num forte poder do capital financeiro, reforçando ainda mais o seu papel como via de abastecimento das matérias-primas coloniais, às metrópoles. A presença de poderosas marinhas de guerra como mercantes, com uma moderna indústria naval de grande capacidade de produção, torna-se cada vez mais o seu cenário de fundo, nomeadamente durante a I Guerra Mundial. Dentro desta ótica, o papel do Atlântico durante a Grande Guerra passaria pela importância do comércio marítimo e pela necessidade de proteger o tráfego comercial, de uma Europa em guerra, assumindo as consequências de perturbar o do inimigo, bem como a utilização de uma rede de cabos submarinos com ramificações para todo o Mundo.
A entrada dos EUA na I Guerra Mundial marcou o fim da hegemonia mundial do continente europeu, que durara três séculos, mudando as simetrias no centro do Atlântico. Entrar na guerra, para além de proteger a grande via comercial que o Atlântico representava e reforçar (ou cortar) a logística da guerra continental, implicava a preservação do conjunto de interesses desta comunidade Atlântica, idênticos nas necessidades e objetivos.
Esta conceção, apesar de ter em segunda conta, um conceito de defesa predominantemente orientado para ameaças terrestres, chamaria a atenção para a urgência de precaver o comércio pelo mar e as próprias costas dos beligerantes, não só como via de reabastecimento mas também pela eventualidade de um ataque bem-sucedido às suas retaguardas ou aos flancos. O advento da aeronáutica reforçaria esta mudança de política em relação às ilhas atlânticas, claramente comprovada pela instalação de uma base aeronaval americana em Ponta Delgada, e pela passagem do comandante Read com o seu NC 4 em 1919, legitimando a importância do arquipélago no cerne da aviação no Atlântico norte.
Este encontro visa analisar a relação do Atlântico, com particular ênfase nos Açores, no complexo apoio logístico aos beligerantes, independentemente do palco de guerra ser europeu ou colonial, e as múltiplas dinâmicas envolvidas, sejam políticas, económicas, ideológicas ou geográficas. Da mesma forma, procura valorizar e dignificar não só a memória dos atuantes como o Património material, e imaterial, no ano em que se evoca o bombardeamento da principal cidade açoriana e a criação de uma base naval estrangeira no seu território.
A comissão organizadora apela ao envio de propostas que abordem, mas não se limitem, às seguintes temáticas:
- A dimensão marítima e terrestre do envolvimento dos Açores na I Guerra Mundial;
- A guerra naval e submarina;
- O Atlântico e as telecomunicações durante a Grande Guerra;
- As ligações marítimas na Guerras das Trincheiras, ou nas colónias;
- A frente interna: o impacto da I Guerra Mundial nos Açores;
- Guerra e Memória;
- Museologia e Património militar.
Submissão de propostas
Envio de propostas: 5 de Fevereiro a 1 de Abril de 2017
Por favor envie a sua identificação (nome, filiação institucional e endereço de email), o título da comunicação, resumo (máximo 700 palavras) e cv (1 página) para o seguinte correio electrónico: azoreswar@gmail.com
Línguas de trabalho: Português e Inglês (não haverá interpretação simultânea)
Organização
- Ana Paula Pires (IHC-FCSH/NOVA e Universidade de Stanford)
- Annette D. Amerman (Marine Corps History Division)
- Jakob Zollmann (Berlin Social Science Center)
- Rita Nunes (IHC-FCSH/NOVA e Comité Olímpico de Portugal)
- Sérgio Rezendes (IHC-FCSH/NOVA e Universidade dos Açores)
Comissão Científica
- António Paulo Duarte (IDN e IHC-FCSH/NOVA)
- Carolina García Sanz (Universidade de Sevilha)
- Filipe Ribeiro de Meneses (Universidade de Maynooth)
- Luís Manuel Vieira de Andrade (Universidade dos Açores)
- Maria Inés Tato (CONICET e Universidade de Buenos Aires)
- Jorge Augusto Paulus Bruno (Museu de Angra do Heroísmo)
Pode descarregar esta chamada para trabalhos AQUI (PDF).
Categorias
- História (Categoria principal)
- Períodos > Época Contemporânea > Século XX
- Períodos > Época Contemporânea > Século XX > 1914-1918
- Espaços > Europa
- Sociedade > Ciências políticas > Guerras, conflitos, violência
- Espaços > Europa > Iberia
Locais
- Ponta Delgada, Portugal
Datas
- samedi, 01 de avril de 2017
Ficheiros anexos
Palavras-chave
- Great War, Atlantic, maritime history, military history, Azores
Contactos
- Ana Paula Pires
courriel : asoarespires [at] gmail [dot] com
Urls de referência
Fonte da informação
- Diana Barbosa
courriel : comunicacao [dot] ihc [at] fcsh [dot] unl [dot] pt
Para citar este anúncio
« A Grande Guerra e os Açores: Da estratégia naval à guerra das trincheiras », Chamada de trabalhos, Calenda, Publicado jeudi, 02 de mars de 2017, https://calenda-formation.labocleo.org/397022