Página inicialPenser les commémorations comme des espaces de pratiques ritualisées au croisement d’une approche historique et anthropologique

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Penser les commémorations comme des espaces de pratiques ritualisées au croisement d’une approche historique et anthropologique

Thinking commemorations as practical ritualised spaces at the intersection of a historical and anthropological approach

Pensar as comemorações como espaços de práticas ritualizadas, no cruzamento de uma abordagem histórica e antropológica

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Publicado jeudi, 04 de janvier de 2018

Resumo

O objetivo deste colóquio consiste em analisar a variedade das formas cinésicas, enunciativas e figurativas da memória entendida como representação atualizada do passado, no seio dos espaços ditos lusófonos. Já que o ato comemorativo (que entendemos basicamente por uma prática de espessura memorial), enquanto recordação, quer dizer, imagem do passado, está ligada à operação rememorativa de uma inscrição ontológica na duração. Quer dizer, a consciência de uma continuidade histórica entre os estados do ser ontologicamente diferenciados. Assim, o ato comemorativo é, ao mesmo tempo, a dupla, a atualização e a representação do que já foi (a começar pelo próprio ato comemorativo e a o que ele refere).

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Apresentação

O objetivo deste colóquio consiste em analisar a variedade das formas cinésicas, enunciativas e figurativas da memória entendida como representação atualizada do passado, no seio dos espaços ditos lusófonos. Já que o ato comemorativo (que entendemos basicamente por uma prática de espessura memorial), enquanto recordação, quer dizer, imagem do passado, está ligada à operação rememorativa de uma inscrição ontológica na duração. Quer dizer, a consciência de uma continuidade histórica entre os estados do ser ontologicamente diferenciados. Assim, o ato comemorativo é, ao mesmo tempo, a dupla, a atualização e a representação do que já foi (a começar pelo próprio ato comemorativo e a o que ele refere).

Assim, interessar à variedade das formas de operação rememorativa (instituintes ou contestatárias), através das práticas comemorativas e cerimoniais ritualizadas em contexto colonial e pós-colonial é interessar, do nosso ponto de vista, à extensão das modalidades de inscrição corporal da história. Todas as práticas que serão examinadas durante este colóquio têm como referente implícito o facto colonial (dito doutro modo, uma forma de heteronímia política) e são então elaborações sui generis causadas por este facto.

Deste modo, gostaríamos que esse colóquio operasse uma dupla superação, entre a memória e a história de um lado (superação que tem por fim a abolição da fronteira entre a etnografia e a historiografia) e entre a memória e a experiência do outro. Na medida em que as práticas comemorativas são, como inúmeras práticas rituais, por vezes seriais e únicas, do facto da singularidade das suas interações e das modalidades de suas transmissões. Um dos gestos ao qual este colóquio contribuirá, consiste em sublinhar a dimensão política (colonial e descolonial), religiosa e patrimonial das atribuições identitárias sobre as quais reside a construção das agregações sociais, tendo por corolário a instituição de redes relacionais. Redes relacionais que recobrem, a título de exemplo, as noções de identidade, de Estado ou de nação. A dimensão politicamente construída dessas redes de relações, através das práticas comemorativas ou que põem em obra uma memória social é, precisamente, o lugar onde se trama o gesto descolonial que procede, como supomos, pela configuração ou desconstrução dessas atribuições.

Nós gostaríamos, aliás, de interrogar o lugar ocupado pela investigação no processo de elaboração dessas atribuições, detendo a atenção nos géneros de narrações usais com vista a descrever todas as dimensões dessas atribuições.

Programa

10-11 janeiro 2018

54 Bvd Raspail, Sous-sol: Salle n° 9

10 janeiro 2018

9h30 : Accueil des participants.

  • 10h00 : Présentation par Ghali Beniza Sari et Victor Varela de Barros.
  • 10h30 : Noções de (in)visibilidade e diáspora: O caso do Batuku na Área Metropolitana de Lisboa. Par Hanna Stepanik (Université de Vienne)
  • 11h00: Visibilité noire et affirmation identitaire : les rodas de jongo dans les Commémorations de la Journée de la Conscience noire. Par Luciana de Araujo Aguiar (Université Montpellier 3)

11h30-11h45 : Pause

  • 11h45-12h30 : Discussion et questions (Kadia Tall et Neiva Vieira da Cunha)
  • 14h00: D’un geste commémoratif joint à la narration sociale des occupations de terre de l’État de Rio de Janeiro. Par Ghali Beniza Sari (E.P.H.E)
  • 14h30: 30 septembro de 1975 “Dia de abertura da frente de luta do Povo de São Tomé e Príncipe, contra a dominação e exploração económica” O olhar dos contratados e seus descendentes sobre uma reforma imaginária. Par Iolanda Trovoada (E.H.E.S.S) 
  • 15h00: A Festa de Nossa Senhora da Penha de França: colonialismo e decolonialidade no cotidiano de um arraial em Minas Gerais. Par Vera Lucia Ermida Barbosa (Université de Coimbra)

15h30-15h45: Pause

  • 15h45-16h30: Discussion et questions (Susana Bleil et Oscar Calavia Sáez)

11 janeiro 2018

9h30: Accueil des participants.

  • 10h00: Anachronismes mémoriels ou fabrique de l’oubli ? La célébration contestée des dates de l’histoire au Cameroun. Par Alphonse Zozime Tamekamta (Université de Yaoundé I)
  • 10h30: O “Terreiro do Folclore” – A comemoração pública enquanto legitimação internacional de processos de etnogénese coagida em contextos coloniais. Par João Figueiredo (Université de Coimbra)
  1. 11h00: A encenação da batalha das heroínas do Tejucupapo. Par Ramon Maciel Ferreira (Centro de Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba)

11h30-11h45 : Pause

  • 11h45-12h30 : Discussion et questions (Marina Rougeon et Patricia Sampaio Silva)
  • 14h00 : A Festa da História: a Exposição de História e Geografia do Brasil na BibliotecaNacional (1881). Par Ana Paula Sampaio Caldeira (Universidade Federal de Minas Gerais)
  • 14h30 : Poder, imaginário político e representações históricas: a morte e os funerais de Tancredo Neves. Par Douglas Attila Marcelino (Universidade Federal de Minas Gerais)
  • 15h00 : Reverberação do heroísmo anticolonial e simbolização da morte de Amílcar Cabral (1924-1973). Par Victor Varela de Barros (Université de Coimbra)
  • 15h30-16h15 : Discussion et questions (Maria Manuela Ribeiro)

Categorias

Locais

  • Premier sous-sol, salle numéro 9 - 54 bvd Raspail 75006
    Paris, França (75)

Datas

  • mercredi, 10 de janvier de 2018
  • jeudi, 11 de janvier de 2018

Ficheiros anexos

Palavras-chave

  • Pratiques décoloniales

Contactos

  • Ghali Beniza
    courriel : benizaghali [at] gmail [dot] com

Fonte da informação

  • Ghali Beniza
    courriel : benizaghali [at] gmail [dot] com

Para citar este anúncio

« Penser les commémorations comme des espaces de pratiques ritualisées au croisement d’une approche historique et anthropologique », Colóquio, Calenda, Publicado jeudi, 04 de janvier de 2018, https://calenda-formation.labocleo.org/428125

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