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Conhecimento e ciência colonial

Connaissance et science coloniale

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Publicado jeudi, 18 de avril de 2013

Resumo

O Colóquio internacional Conhecimento e Ciência Colonial resulta de uma parceria entre o Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa e o Centro de História do Instituto de Investigação Científica Tropical, e visa promover um fórum de reflexão e discussão sobre a natureza do papel da ciência no contexto colonial e a sua relevância numa perspetiva pós-colonial. O encontro pretende juntar investigadores e especialistas, nacionais e internacionais, na área das ciências naturais, sociais e humanas para incentivar um debate em torno desta temática que, na última década, tem vindo a ganhar visibilidade.

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COLÓQUIO INTERNACIONAL CONHECIMENTO E CIÊNCIA COLONIAL

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Pavilhão C6Lisboa,

27-29 de novembro de 2013

O Colóquio internacional Conhecimento e Ciência Colonial resulta de uma parceria entre o Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa e o Centro de História do Instituto de Investigação Científica Tropical, e visa promover um fórum de reflexão e discussão sobre a natureza do papel da ciência no contexto colonial e a sua relevância numa perspetiva pós-colonial. O encontro pretende juntar investigadores e especialistas, nacionais e internacionais, na área das ciências naturais, sociais e humanas para incentivar um debate em torno desta temática que, na última década, tem vindo a ganhar visibilidade.
A relação entre a ciência pós-Iluminista e a questão do progresso, do desenvolvimento e da modernização, trouxe um debate cada vez mais intenso sobre os conceitos, valores, ações e consequências da sua prática num contexto colonial que pretende explorar a reciprocidade e proximidade entre o Estado-nação moderno e a ciência e as suas instituições. Por sua vez, nas últimas décadas, a existência de uma ciência dita colonial com características específicas, inovadora e adaptada ao meio colonial, distinta da sua congénere metropolitana, ganhou um espaço próprio de discussão. O debate centrou-se na avaliação das relações entre a ciência ‘moderna’, produzida nas metrópoles e nas colónias, e os saberes ‘tradicionais’, em áreas tão diversas como a gestão dos recursos naturais, a agricultura, a alimentação, a medicina, a arquitetura, as armas e o mundo das artes. Neste sentido, o intercâmbio e a circulação de diferentes corpus de conhecimento, dentro e fora do espaço colonial, colocou a hipótese de formas híbridas e dinâmicas de saberes com trajetórias não-lineares na agenda académica, realçando a necessidade de analisar o conhecimento num quadro pluralista, transcultural e interdisciplinar. O tema da ciência no contexto colonial desperta assim uma série de interrogações sobre as relações complexas entre esta, as colónias e os impérios, que o colóquio tentará certamente desvendar.
Será que existiu uma ‘ciência colonial’? Qual a relação entre a ciência colonial e o conhecimento científico? Como é que a ciência colonial contribuiu para o discurso sobre e a imagem do outro, o colonizado, mas também do próprio colonizador? Qual a contribuição da ciência para a formação e consolidação do Estado Colonial? Em que medida é que a ciência foi subordinada ao poder político e posta ao serviço do colonialismo? Até que ponto as colónias serviram com laboratórios para a ciência e quais foram os limites da ciência dentro do projeto colonial? Quais as operações epistemológicas levadas a cabo? Como é que ciência criou raízes nas colónias e foi transmitida através do ensino? Qual a contribuição dos cientistas nascidos nas colónias? Existe uma quebra ou uma continuidade quanto ao papel da ciência entre o período colonial e pós-colonial?…
A transversalidade destas questões inscreve-as num contexto transnacional e transdisciplinar no qual a análise do contributo da ciência no contexto colonial pode ter um papel estruturante no quadro do debate sobre a construção de um conhecimento específico em estreita ligação com a ‘ocupação científica’ dos espaços coloniais, que pode servir para analisar e questionar o discurso sobre o saber, o pensamento meta-científico ou a sua persistência no decorrer do tempo.
Neste contexto, o Colóquio privilegiará uma abordagem transdisciplinar que permita lançar um olhar global sobre estas questões, incentivar a sua discussão e aumentar a sua visibilidade no quadro de um interesse alargado e consciência crescente da sua importância e dos seus contributos.

 

Áreas temáticas

  • Arquivos e museus – Documentação e coleções
  • Jardins botânicos e zoológicos, e laboratórios agrícolas – A recolha da natureza para estudo e exposição
  • Arquitectura, obras públicas e organização do espaço
  • Bio-medicina, saúde pública e medicina tradicional
  • Reconhecimento do território, cartografia e fronteiras
  • Saberes coloniais e contextos imperiais
  • Cientistas, Intelectuais e Ensino
  • Imprensa, cultura e ciência coloniais
  • Política e Administração colonial
  • Exposições coloniais, ciência e propaganda
  • Colonial e pós-colonial na Europa Central

Comissão Científica

  • Ana Canas (Arquivo Histórico Ultramarino)
  • Ana Cristina Martins (Instituto de Investigação Científica Tropical)
  • Andrei Terian, (Lucian Blaga University Sibiu, Romania)
  • António Mexia (Instituto Superior de Agronomia)
  • Bracinha Vieira (Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa)
  • Cláudia Castelo (Instituto de Investigação Científica Tropical)
  • Diogo Abreu (Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa)
  • Eva-Nicoleta Burdusel (Lucian Blaga University Sibiu, Romania)
  • Francisco Soares (Universidade Independente de Angola; Universidade de Évora)
  • Isabel Amaral (Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa)
  • Isabel Castro Henriques (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)
  • Jacint Creus (Universidade de Barcelona)
  • João Paulo Borges Coelho (Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique)
  • Joaquim Pais de Brito (Museu de Etnologia)
  • Jorge Sousa Brito (Universidade Jean Piaget de Cabo Verde; Academia das Ciências e Humanidades de Cabo Verde)
  • José Carlos Venâncio (Universidade da Beira Interior)
  • José Doria (Instituto de Higiene e Medicina Tropical)
  • José Huco Monteiro (Universidade Colinas de Boé, Guiné-Bissau)
  • José Manuel Fernandes (Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa)
  • Luís Aires-Barros (Sociedade de Geografia de Lisboa)
  • Manuel Laranjeira (Universidade de Coimbra)
  • Marta Macedo (Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia da Universidade de Lisboa)
  • Miguel Bandeira Jerónimo (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa)
  • Olga Pombo (Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa)
  • Omar Ribeiro Thomaz (Universidade Estadual de Campinas, Brasil)
  • Paulo Dias (Universidade Aberta)
  • Paulino Fortes (Universidade Nacional de Cabo Verde; Academia das Ciências e Humanidades de Cabo Verde)
  • Vítor Rodrigues (Instituto de Investigação Científica Tropical)
  • Vítor Rosado Marques (Instituto de Investigação Científica Tropical)

Submissão de resumos

O Colóquio é aberto a todos os interessados, investigadores e público em geral.
As propostas de comunicação deverão ser enviadas, sob forma de resumo, para coloquio.i.3c@gmail.com. até 5 de julho de 2013, sendo os resultados da avaliação comunicados até 16 de setembro 2013.
Os resumos devem ter entre 300 e 500 palavras e podem ser apresentados numa das línguas oficiais do Colóquio. Texto em Word,  fonte Calibri, tamanho 11, com espaço entre linhas de 1,5 e espaço duplo entre as secções do texto.
Palavras-chave: mínimo 2 e máximo 5.
A proposta deve especificar se pretende apresentar comunicação oral ou poster e incluir: Nome(s) do(s) autor(es) e da instituição a que estão vinculados, bem como o endereço eletrónico (e-mail) do(s) autor(es).
As comunicações terão uma duração de 15 minutos e poderão ser apresentadas em português, inglês, francês ou espanhol embora não seja possível a tradução simultânea.
Línguas oficiais: Português, Inglês, Francês e Espanhol

Datas relevantes

  • Lançamento da call– 15 de abril
  • Receção de propostas– 15 de abril / 5 de julho
  • Comunicação de resultados– 16 de setembro
  • Inscrições– 16 de setembro / 20 novembro
  • Programa provisório– 8 de novembro

Locais

  • Faculdade de Ciências -Universidade de Lisboa Campus do Campo Grande
    Lisbon, Portugal

Datas

  • vendredi, 05 de juillet de 2013

Palavras-chave

  • connaissance scientific; science coloniale

Contactos

  • Ana Roque
    courriel : ana [dot] roque [at] iict [dot] pt

Fonte da informação

  • Ana Roque
    courriel : ana [dot] roque [at] iict [dot] pt

Para citar este anúncio

« Conhecimento e ciência colonial », Chamada de trabalhos, Calenda, Publicado jeudi, 18 de avril de 2013, https://calenda-formation.labocleo.org/246275

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