Página inicialLes droites latino-américaines pendant la guerre froide (1959–1989) : l’autre révolution ?

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Publicado jeudi, 02 de octobre de 2014

Resumo

Cahiers des Amériques latines, revista do Institut des Hautes Études sur l’Amérique latine da Université Sorbonne Nouvelle Paris 3, convida aos cientistas sociais a aprofundar o conhecimento das direitas latino-americanas durante a guerra fría (1959-1989). Partindo da ideia de que não é possível compreender as direitas latino-americanas atuais sem inseri-las na temporalidade e a historicidade da guerra fria, é interessante se perguntar pelo aparecimento de uma nova geração de direitistas e se essa geração teve um enlace com a revolução neoconservadora de Ronald Reagan e Margaret Thatcher nos anos 80. Levando em consideração a analise dos partidos e lideranças políticas e também atores sociais, econômicos e culturais, serão colocadas em destaque as lógicas circulatórias presentes por trás dos marcos ideológicos e o peso dos imaginários culturais e políticos, além das sensibilidades coletivas. Para este dossiê de Cahiers dês Amériques latines serão preferidos artigos com baseamento empírico que ofereçam um olhar comparativo das direitas latino-americanas e que usem um enfoque de história conectada aplicado ao espaço euro-americano.

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Präsentation

As representações literárias e cinematográficas e os debates historiográficos sobre os anos sessenta na América latina concentram-se principalmente nos atores e movimentos revolucionários e sua contestação à ordem social e econômica. Em conseqüência, pareceria que os estudantes universitários, os trabalhadores industriais, as guerrilhas e incluso os fiéis orientados à esquerda ocuparam tudo o espaço político disponível e foram os autores das propostas mais radicais e criativas. Na direita do espectro político –além de todas as reservas necessárias sobre o uso do termo no contexto latino-americano- houve um conjunto de atores sociais, econômicos e culturais que enfrentaram esse processo e que ainda são muito poço estudados. Eles foram vistos com freqüência como enviados do imperialismo norte-americano e/ou como apoiadores de regimes autoritários, norteados a manter o poder de uma classe dominante local ao serviço do “capitalismo internacional”.

Longe de essa caricatura, alguns estudos recentes têm sublinhado as dificuldades para definir com precisão quais eram os direitistas ao sul do Rio Grande, e como foram complexas e plurais as expressões relativas a esta família política.[1] Para esta edição de Cahiers des Amériques latines são convocados cientistas sociais para aprofundar o conhecimento das direitas latino-americanas, tomando um período específico e insuficientemente estudado como foi a Guerra fria (desde a revolução cubana de 1959 até o final da ditadura liderada pelo general Pinochet, em 1989). Embora o marco temporal proposto provenha da história política, as propostas não devem limitar-se a partidos e lideranças políticas e poderão tomar em conta atores sociais, econômicos e culturais. Marina Franco e Benedetta Calandra na sua coletânea La guerra fría cultural en América latina (Biblos, Buenos Aires, 2012) tem mostrado que a consideração de muitos atores permite uma melhor compreensão das lógicas circulatórias presentes por trás dos marcos ideológicos e colocam em destaque o peso dos imaginários culturais e políticos, além das sensibilidades coletivas. Essas perspectivas auxiliam a indagar se nos anos sessenta emergiu uma nova geração de direitistas. Uma geração consciente de que era um novo ator e que interveio na esfera pública como tal, se emancipando dos patrões tradicionais de pensamento e que representaria a contraparte da juventude de esquerda.

Outros autores fizeram a sugestão de que as direitas latino-americanas da guerra fria são definidas quase completamente pelo seu anticomunismo e sua filiação com os Estados Unidos, como parte de uma Cruzada total contra o “inimigo subversivo comunista”. Se as coisas foram assim, então essas direitas foram radicalmente distintas das que ocuparam esse espaço desde a queda do muro de Berlim. O anticomunismo hoje não aparece nos discursos das direitas e foi substituído por uma ideologia centrada no mercado no contexto de uma economia globalizada e neoliberal. Pensamos que é necessário examinar os vínculos pessoais, organizativos e econômicos que relacionam à retórica atual com os seus antecessores da guerra fria. A experiência das ditaduras militares –as quais as correntes de direita quase não lembram em seus discursos- joga um rol fundamental na formação e re-definição desta família política. Baseados nesta observação, é interessante se perguntar se a transformação das direitas sob esses regimes autoritários entre os anos sessenta e oitenta tem um enlace direto ou indireto com a revolução neo-conservadora iniciada por Ronald Reagan nos Estados Unidos e por Margaret Thatcher no Reino Unido.

Para este dossiê de Cahiers dês Amériques latines serão preferidos artigos com baseamento empírico que ofereçam um olhar comparativo das direitas latino-americanas e que usem um enfoque de história conectada aplicado ao espaço euro-americano. Este número tentará mostrar os detalhes dos processos de circulação e colaboração (redes, espaços, atores e vetores de situações de contato e mecanismos de apropriação). Isso inclui a circulação de idéias e teorias, atores e práticas, símbolos e subjetividades, assumindo que não e é possível compreender as direitas latino-americanas atuais sem inseri-las na temporalidade e a historicidade da guerra fria.

[1]  Ver por exemplo o Seminário « Penser les droites en Amérique latine au XXsiècle » – Institut des Hautes Etudes sur l’Amérique Latine – Université Sorbonne Nouvelle Paris 3/Université Paris 8/Universidad Nacional de General Sarmiento. http://calenda.org/274668 (as comunicações serão disponibilizadas em janeiro de 2015), b) os workshops de discussão sobre as direitas do Cone sul, da Universidad Nacional de General Sarmiento e a Universidad Nacional del Centro (presentações  disponíveis em www.ungs.edu.ar/derechas/). Também se pode referir o recente dossiê compilado por Rodrigo Patto em Varia historia, vol.30, no.52, Belo Horizonte Jan./Avr. 2014 (disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0104-877520140001&lng=en&nrm=iso)

Dados para o envio

Serão aceitos artigos em francês, espanhol, inglês ou português. Todas as propostas deverão conter as seguintes informações:

  • Nome do autor
  • Instituição de trabalho
  • Cargo
  • CV breve e endereço de correio eletrônico
  • Título proposto do artigo
  • Resumo do artigo (máximo 1500 caracteres)

As propostas deverão ser enviadas aos coordenadores do dossiê: Stéphane Boisard (stephane.boisard@univ-paris3.fr) e Ernesto Bohoslavsky  (ebohosla@ungs.edu.ar)

antes de 15 de novembro de 2014.

Para mais informação sobre as normas e a política editorial dos Cahiers, consultar o sítio http://cal.revues.org/2324

Inscrição

  • Envio de resumos até 15 de Novembro de 2014
  • Envio de artigos até 15 de fevereiro de 2015
  • Publicação estimada no outono boreal de 2015

Locais

  • Paris, França (75)

Datas

  • samedi, 15 de novembre de 2014

Palavras-chave

  • droite, Guerre froide, révolution néoconservatrice, histoire connectée

Contactos

  • Stéphane Boisard
    courriel : derechalogos [at] protonmail [dot] com
  • Ernesto Bohoslavsky
    courriel : derechalogos [at] protonmail [dot] com

Urls de referência

Fonte da informação

  • Stéphane Boisard
    courriel : derechalogos [at] protonmail [dot] com

Para citar este anúncio

« Les droites latino-américaines pendant la guerre froide (1959–1989) : l’autre révolution ? », Chamada de trabalhos, Calenda, Publicado jeudi, 02 de octobre de 2014, https://calenda-formation.labocleo.org/300535

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