Página inicialAs cidades americanes frente às mudanças globais

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As cidades americanes frente às mudanças globais

Les villes américaines face aux changements globaux

Las ciudades americanas frente a los cambios globales

American cities facing global changes

Revista interdisciplinar de trabalhos sobre as Américas (RITA) N°13

Revue Interdisciplinaire des travaux sur les Amériques (RITA) N°13

Revista interdisciplinaria de trabajo sobre las Américas (RITA) N°13

Interdisciplinary Journal of Papers on the Americas (RITA) nr. 13

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Publicado mercredi, 10 de juillet de 2019

Resumo

O fato que vivemos hoje mudanças ambientais em uma escala global é incontestável. Vários processos interdependentes, como o aquecimento global, a extinção de espécies, a exaustão dos solos ou a rarefação dos recursos energéticos, mudam profundamente, tanto no plano material quanto simbólico, as condições de existência das nossas sociedades. Essas transformações sistêmicas, que vão além do âmbito do meio físico ou climático, podem ser designadas pelo conceito de “Mudanças globais”, que se tornou um importante tema de pesquisa no campo das ciências sociais e ambientais durante as três ultimas décadas. Por ocasião de sua décima terceira edição, a RITA propõe um dossiê temático para explorar as cidades americanas em suas relações com as mudanças globais. 

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Apresentação

O fato que vivemos hoje mudanças ambientais em uma escala global é incontestável. Vários processos interdependentes, como o aquecimento global, a extinção de espécies, a exaustão dos solos ou a rarefação dos recursos energéticos, mudam profundamente, tanto no plano material quanto simbólico, as condições de existência das nossas sociedades. Essas transformações sistêmicas, que vão além do âmbito do meio físico ou climático, podem ser designadas pelo conceito de “Mudanças globais”, que se tornou um importante tema de pesquisa no campo das ciências sociais e ambientais durante as três ultimas décadas (Buttel et al, 1990; Freedman, 2014).

Atualmente, mais de dois terços da população das Américas vivem em cidades, e, por isso, este é um ponto de partida privilegiado para entender as consequências dessas mudanças globais e as respostas que elas suscitam. No entanto, o fenômeno urbano é por si heterogêneo: megalópoles de nível mundial, aglomerações médias que participam do processo territorialização dos Estados, pequenas cidades no centro de regiões rurais e muitos outros. Entre a pluralidade de dinâmicas que se desenvolvem em cada um desses espaços singulares, mas interconectados, é importante refletir sobre o ambiente material onde elas se inscrevem.

As cidades são lugares onde se concentram populações, centros de decisão política, administrativos, religiosos, culturais e econômicos. Os processos em curso nesses espaços são, hoje em dia, inseparáveis de fenômenos como a mundialização, fazendo das cidades centros de diferentes tipos de trocas, como a circulação de bens e capitais, mas também de indivíduos, de saberes e de informações. Assim, as cidades são, ao mesmo tempo, produtoras e produtos dessas mudanças globais, além de serem suas próprias multiplicadoras e catalizadoras. Nesse sentido, as cidades são lugares singulares no desenvolvimento de ideias e estratégias referentes a essas mudanças.

Para entender as implicações das mudanças globais sobre as cidades americanas e vice-versa, quatro eixos temáticos são propostos para guiar as proposições de artigo para esse dossiê temático:

  • Um primeiro eixo, “Entender a cidade”, visa às contribuições sobre os conceitos múltiplos utilizados para pensar as mudanças globais no contexto urbano que merecem ser questionados, explicitados e contextualizados: ecologia urbana, metabolismo, economia circular, cidade sustentável, verde, smart ou inclusiva, transição ecológica, antropoceno, capitaloceno, ou ainda resiliência.
  • Um segundo eixo, “Viver a/na cidade”, receberá contribuições sobre as formas de moradia, sobre a ocupação dos espaços (centrais como periféricos) e suas transformações (como a gentrificação), sobre as mobilidades (transportes em comum, vias de comunicação, trocas entre urbano e rural, logística), a organização do trabalho ou ainda o abastecimento (alimentício, enérgico) em diálogo com essas mudanças globais. Contribuições sobre práticas alternativas (agricultura urbana, grafite), relações entre moradores (da cidade formal e informal) e representações sobre os espaços de vida em transformação também são bem-vindas.
  • Um terceiro eixo, “Administrar a cidade”, acolherá questionamentos sobre a administração do urbano. Da elaboração de políticas publicas à suas aplicações, às modalidades concretas de produção do espaço urbano, confrontadas às mudanças globais implicam formas de gestão específicas que podem orientar as propostas de artigos. Questões sobre as infraestruturas (formais e informais) da cidade (redes de esgotos, energia, água, transporte e lixo) são pistas privilegiadas de análise. Outra problemática possível é a da administração da natureza na cidade, em particular rios, jardins, parques e a biodiversidade, mas também a administração de catástrofes (como New-Orleans depois de Katrina, México DF depois do terremoto de 1985 ou ainda Rio de Janeiro face as recentes enchentes). Estudos sobre novas políticas de planejamento urbano visando à multiplicação dos espaços naturais nas cidades ou à promoção do uso de meios de transporte alternativos também podem fazer parte desse eixo.
  • Um quarto eixo, “A cidade em disputa”, se concentrará nos processos políticos que se desenvolvem nas cidades em transformação, sob o efeito das mudanças globais. Esse eixo visa a trabalhos sobre desigualdades ambientais, lutas populares, conflitos em torno de grandes obras públicas, ordenamento territorial ou planos de urbanismo, mas também estudos baseados em problemáticas, como a violência urbana ou o conceito de justiça (social, espacial, ambiental etc.). A presença de riscos ou a implantação de grandes infraestruturas provoca efetivamente diversos “conflitos de proximidade” (Mele, 2012) que podem ser abordados.

Por ocasião de sua décima terceira edição, a RITA propõe um dossiê temático para explorar as cidades americanas em suas relações com as mudanças globais. Nesse sentido, a dimensão global das mudanças não deve ser dissociada de uma apreensão local dos fenômenos. As cidades são atravessadas de oposições entre centro e periferia, urbano e rural, entre “condomínios fechados” e “villas miserias” (ou “barrios bravos” ,no México), que geram diversos intercâmbios, iniciativas sociais, políticas culturais e artísticas. Ademais, as dinâmicas de troca entre cidades e meios rurais constituem um elemento importante desse tema, tanto quanto às tensões que emergem do avanço da fronteira urbana (pressões sobre o solo e a água, lugar da agricultura nesse contexto, organização das periferias etc.). As mudanças globais só poderão ser compreendidas em toda a sua complexidade através do uso de diversas escalas de análise. Essas mudanças não apareceram de um dia para o outro e são também produtos de dinâmicas inscritas num tempo longo. Para esse número, encorajamos contribuições que analisem a dimensão histórica de tais fenômenos. Por fim, sendo as práticas culturais uma das modalidades privilegiadas pelas sociedades para darem sentido a sua existência e as suas representações, esse número da revista RITA está igualmente aberto a artigos sobre a expressão das mudanças globais através de produções literárias, picturais, cinematográficas, mas também na arte de rua e na música popular.

Submissão de propostas

Para o dossiê temático “Théma”, os textos devem obedecer aos seguintes critérios:

  • Até 35.000 caracteres, incluindo as notas, mas não os espaços e a bibliografia,
  • Os artigos podem ser escritos em francês, inglês, espanhol ou português,
  • Incluir um resumo (aprox. 1.000 caracteres) e de 3 a 5 palavras-chave.

Como de costume, o n°13 de RITA recebe também artigos de tema livre  para a seção “Campo Livre”, dividida em cinco subseções [cf. http://revue-rita.com/note-aux-auteurs/nos-rubriques.html]:

  • As notas de pesquisa são artigos apresentando uma pesquisa em andamento ou concluída portando sobre um assunto diferente da temática do número. Elas devem incluir uma problemática e a apresentação da metodologia e seguir uma reflexão científica (máximo de 30.000 caracteres incluindo as notas, mas não os espaços e a bibliografia).
  • A Fábrica da pesquisa tem como objetivo reflexões sobre questões metodológicas ou ferramentas teóricas (máximo de 25.000 caracteres, incluindo as notas, mas não os espaços e a bibliografia).
  • Os resumos de dissertações ou de teses permitem dar visibilidade a trabalhos recentes em uma versão resumida (máximo de 25.000 caracteres, incluindo as notas, mas não os espaços e a bibliografia).
  • Sínteses de pesquisa é um espaço para resenhas de obras publicadas recentemente sobre temáticas americanas (máximo de 12.000 caracteres, incluindo as notas, mas não os espaços e a bibliografia).
  • A sessão Olhares sobre as Américas oferece a oportunidade para publicação de textos cuja expressão e forma são mais livres, como histórias de experiências de campo, reflexões pessoais sobre um tema ou um objeto singular de estudo, ou análises literárias. (Máximo de 25.000 caracteres, incluindo as notas, mas não os espaços e a bibliografia).

Os artigos completos respeitando as normas da sessão escolhida devem ser enviados

até o dia 20 de outubro

ao e-mail abaixo:

revue.rita@gmail.com

Uma primeira seleção de textos será feita pelo Comitê de redação. Os autores e autoras selecionados serão informados durante o mês de novembro.

Posteriormente, os artigos serão avaliados por leitores/as anônimos/as. Os artigos podem ser rejeitados ou aceitos com ou sem modificações.

O número 13 da RITA será publicado durante o primeiro semestre de 2020.

Relembramos que os artigos devem ser inéditos e não devem ter sido submetidos simultaneamente para outras revistas.

Comitê Científico

  • Nathalia Capellini, CHCSC, Université de Versailles-Saint-Quentin 
  • Guillaume Duarte, IHEAL-CREDA, Université Sorbonne Nouvelle – Paris 3 
  • Cléa Fortuné, CREW, Université Sorbonne Nouvelle-Paris 3 
  • Bruno Hervé-Huamani, CERMA-MONDA, EHESS 
  • Clément Petitjean, PRINTEMPS, Université Versailles-Saint-Quentin 
  • Céline Raimbert, laboratoire SPLOTT (Systèmes productifs, logistique, organisation des transports, travail) de l'IFSTTAR
  • Antonio Ramos Ramírez, LER, Université Paris 8
  • Nasser Rebaï, PRODIG, CNRS
  • Etienne Sauthier, CREDA, Université Paris 3 Sorbonne Nouvelle 
  • François Weigel, Université fédérale du Rio Grande do Norte (UFRN)

Datas

  • dimanche, 20 de octobre de 2019

Contactos

  • Comité de Rédaction Comité de Rédaction
    courriel : revue [dot] rita [at] gmail [dot] com

Urls de referência

Fonte da informação

  • Antonio Ramos Ramírez
    courriel : actiondirecte [at] sciencesconf [dot] org

Para citar este anúncio

« As cidades americanes frente às mudanças globais », Chamada de trabalhos, Calenda, Publicado mercredi, 10 de juillet de 2019, https://calenda-formation.labocleo.org/644639

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