Inserat
Argumentos
Algunos signos de significativas transformaciones religiosas en América Latina se pueden ver en el crecimiento del pluralismo y del tránsito religioso: conversiones al islam, judaísmos, budismos, la proliferación de formas de religiosidad y espiritualidad asociadas a la Nueva Era y las comunidades terapéuticas, la multiplicación de formas menos institucionalizadas de experiencia religiosa, entre otras. Estas transformaciones se acompañan con una mayor participación religiosa en el espacio público y del uso cada vez más frecuente de los medios de comunicación de masa y los medios digitales por los grupos religiosos.
En este escenario cobra especial relevancia el debate sobre género, uniendo a un amplio abanico de agentes religiosos en su labor en las iglesias, en los medios de comunicación y en el espacio público, desde la defensa de moralidades y cosmovisiones que articulan ideas como “defensa de la familia”, los patrones heteronormativos y políticas "pro-vida”.
Además, se evidencian otras formas de conservadurismos orientadas a mantener el poder político y económico. Se trata de grupos y líderes religiosos, especialmente cristianos, que buscan, en su trabajo en el espacio público, subordinar las políticas públicas y la legislación de los países a los principios doctrinales religiosos, apuntando especialmente a la regulación de las políticas de sexualidad y reproducción, con especial atención al aborto como se observa en Argentina, Brasil, Chile, México y Colombia, y al mantenimiento de familias heteronormativas y patriarcales. También están creciendo las acciones contra la educación sexual en las escuelas y los proyectos de ley que apuntan a prohibir lo que estos grupos denominan “ideología”, como una forma de descalificar estudios y debates sobre cuestiones de género.
Esta acción constituye un obstáculo para las políticas que promueven la equidad de género y el reconocimiento de los derechos de la población LGBTQIA+. También, representa un cuestionamiento y un ataque a las teorías feministas y a los agentes que lideran estas luchas por el reconocimiento y la inclusión que han ganado protagonismo en el continente en las últimas décadas, asegurando logros que hoy se ven amenazados.
En los enfrentamientos colocados en la esfera pública, no solo se desencadenan argumentos religiosos, sino que los agentes religiosos utilizan cada vez más argumentos tomados del campo científico, como las concepciones biologizantes de la naturaleza humana y el orden social, y también del lenguaje de los derechos, reivindicando el derecho a participar en la esfera pública como grupos comprometidos con la religión.
Por otro lado, se mantienen viejas y surgen nuevas concepciones religiosas que defienden a las minorías y el respeto a las cuestiones de género, como iglesias inclusivas, las teologías feministas, la teología queer, las teologías negras, entre otras, que se suman a las teologías tradicionales en América Latina, como la teología de la liberación. Todas estas transformaciones desafían a los investigadores a imaginar nuevas y distintas preguntas de investigación y a construir conceptos teórico-metodológicos innovadores para el análisis de cuestiones entorno al género y la religión en América Latina, que también tengan en cuenta perspectivas interseccionales.
Este dossier invita a investigadores e investigadoras a presentar trabajos que discutan los desafíos y límites teóricos y metodológicos que enfrentan las nuevas preguntas de investigación para abordar las interfaces entre religión y género en los países del continente, considerando los cambios en el campo social y religioso en las últimas décadas. Acogemos trabajos producidos desde diferentes áreas del conocimiento en ciencias sociales y humanas, así como áreas y estudios que se encuentran en la intersección de estos temas.
Proponemos estimular la reflexión sobre los desafíos éticos que enfrentan los/las investigadores/as frente a los nuevos modelos teóricos y metodológicos empleados en nuestra región y más allá.
Coordinan
- Olívia Bandeira (LAR-Unicamp / GREPO - PUC-SP)
- Mari-Sol García Somoza (Canthel – Université de Paris / Universidad de Buenos Aires / Inalco)
- Sandra Mazo (CDD-Colombia)
Modalidades de proposiciones de ponencias
Fecha de recepción: hasta el día 1 de diciembre de 2020.
Los artículos serán originales e inéditos.
De 8.000 a 10.000 palabras.
Enviar por OJS: https://www.descentrada.fahce.unlp.edu.ar/user/register
Contactos a: descentrada.revista@gmail.com
Apresentação
Alguns indícios de significativas transformações religiosas na América Latina podem ser observados no crescimento do pluralismo e do trânsito religioso: conversões para o islã, judaísmos, budismos, a proliferação de formas de religiosidade e espiritualidade associadas à Nova Era e a comunidades terapêuticas, a multiplicação de formas menos institucionalizadas de vivência religiosa, entre outras. Essas transformações são acompanhadas de uma maior participação religiosa no espaço público e do uso cada vez mais frequente dos meios de comunicação de massa e das mídias digitais por grupos religiosos.
Neste cenário, o debate sobre gênero ganha especial importância, unindo uma ampla gama de agentes religiosos em suas atuações nas igrejas, nas mídias e no espaço público a partir da defesa de moralidades e visões de mundo que articulam ideias como as de “defesa da família”, de padrões heteronormativos e politicas “pró-vida”. Somados a outras formas de conservadorismo que visam à manutenção do poder político e econômico, grupos e lideranças religiosas, especialmente cristãos, buscam, em sua atuação no espaço público, subordinar as políticas públicas e legislações dos países a princípios doutrinários religiosos, visando especialmente à regulação da sexualidade e das políticas reprodutivas, com especial atenção ao aborto na Argentina, Brasil, Chile, México e Colômbia, e a manutenção de famílias heteronormativas e patriarcais. Crescem também as ações contra a educação sexual nas escolas e projetos de lei que visam proibir o que esses grupos nomearam de “ideologia”, como forma de desqualificar estudos e debates sobre as questões de gênero.
Essa atuação constitui um obstáculo a políticas que promovam a equidade de gênero e o reconhecimento dos direitos da população LGBTQIA+. Também representa um questionamento e mesmo um ataque às teorias feministas e aos agentes que protagonizam essas lutas por reconhecimento e inclusão, e que ganharam projeção no continente nas últimas décadas, assegurando conquistas que hoje passam a ser ameaçadas. Nos embates colocados na esfera pública, são acionados não apenas argumentos religiosos, mas os agentes religiosos cada vez mais se utilizam de argumentos emprestados do campo científico, como concepções biologizantes da natureza humana e da ordem social, e também da própria linguagem dos direitos, reivindicando um direito de participação na esfera pública como grupos religiosamente engajados.
Por outro lado, mantêm-se antigas e surgem novas concepções religiosas que se colocam na defesa das minorias e do respeito às questões de gênero, como as igrejas inclusivas, as teologias feministas, a teologia queer, as teologias negras, entre outras, que somam-se a teologias tradicionais na América Latina, como a teologia da libertação. Todas essas transformações desafiam os pesquisadores a imaginar novas e distintas perguntas de pesquisa e concepções teórico-metodológicas inovadoras para a análise das problemáticas de religião e gênero na América Latina, que levem em conta também perspectivas interseccionais.
Este dossiê convida pesquisadoras e pesquisadores a apresentarem trabalhos que discutam os desafios teórico-metodológicos que se colocam diante de novas perguntas de pesquisa para lidar com as interfaces entre religião e gênero nos países do continente, tendo em vista as mudanças no campo social e religioso nas últimas décadas. São bem-vindos trabalhos produzidos a partir de diferentes áreas do conhecimento das ciências sociais e humanas, bem como áreas e estudos que se encontram na interseção dessas temáticas. Nos propomos a estimular também a reflexão sobre os desafios éticos que se colocam às pesquisadoras e aos pesquisadores diante dos novos modelos teórico-metodológicos empregados em nossa região e para além dela.
Submissão de propostas
Data de recepção: até 1 de dezembro de 2020.
Os artigos serão originais e inéditos.
8.000 a 10.000 palavras.
Enviado por OJS: https://www.descentrada.fahce.unlp.edu.ar/user/register
Contatos para: decentrada.revista@gmail.com
Coordenadores
- Olívia Bandeira (LAR-Unicamp / GREPO - PUC-SP)
- Mari-Sol García Somoza (Canthel – Université de Paris / Universidad de Buenos Aires / Inalco)
- Sandra Mazo (CDD-Colombia)
Argumentaire
Quelques signes de transformations religieuses significatives en Amérique latine peuvent être observés dans la croissance du pluralisme et du transit religieux : conversions à l'islam, au judaïsme, au bouddhisme, prolifération des formes de religiosités et de spiritualités associées au New Age et aux communautés thérapeutiques, et la multiplication des formes d'expérience religieuse moins institutionnalisées, entre autres. Ces transformations s'accompagnent d'une plus grande participation religieuse dans l'espace public et de l'utilisation de plus en plus fréquente des médias de masse et des réseaux numériques par les groupes religieux.
Dans ce scénario, le débat sur le genre requiert une pertinence particulière, unissant un large éventail d'agents religieux dans leur travail dans les églises, dans les médias et dans l'espace public, pour la défense des moralités et des visions du monde qui articulent des idées, telles que la « défense de la famille », des modèles hétéro-normatifs et politiques « pro-vie ».
En outre, d'autres formes de conservatisme visant à maintenir le pouvoir politique et économique sont évidentes. Ce sont des groupes et leaders religieux, en particulier des chrétiens, qui cherchent, dans leur travail dans l'espace public, à subordonner les politiques publiques et la législation des pays aux principes doctrinaux religieux, visant notamment à réglementer les politiques de sexualité et de reproduction, avec une attention particulière à l'avortement observé en Argentine, au Brésil, au Chili, au Mexique et en Colombie, et au maintien de familles hétéro-normatives et patriarcales. Les actions contre l'éducation sexuelle dans les écoles et les projets de loi visant à interdire ce que ces groupes appellent « l'idéologie » se multiplient également, comme moyen de disqualifier les études et les débats sur les questions de genre.
Cette action constitue un obstacle aux politiques qui favorisent l'égalité des sexes et la reconnaissance des droits de la population LGBTQIA+. Cela représente également un questionnement et une attaque contre les théories féministes et les agents qui mènent ces luttes pour la reconnaissance et l'inclusion qui ont gagné en importance sur le continent au cours des dernières décennies, garantissant des réalisations qui sont aujourd'hui menacées.
Dans les confrontations placées dans la sphère publique, non seulement les arguments religieux se déchaînent, mais les agents religieux utilisent de plus en plus des arguments empruntés au champ scientifique, tels que les conceptions biologisantes de la nature humaine et de l'ordre social, et aussi du langage du droit, revendiquant le droit de participer à la sphère publique en tant que groupes engagés dans la religion.
D'un autre côté, elles restent anciennes et de nouvelles conceptions religieuses qui défendent les minorités et respectent les questions de genre émergent, telles que les églises inclusives, les théologies féministes, la théologie queer, les théologies noires, entre autres, qui ajoutent aux théologies traditionnelles d'Amérique latine, comme la théologie de la libération. Toutes ces transformations mettent les chercheurs au défi d'imaginer des questions de recherche nouvelles et différentes et de construire des concepts théoriques et méthodologiques innovants pour l'analyse des questions de genre et de religion en Amérique latine, qui prennent également en compte les perspectives intersectionnelles.
Ce dossier invite les chercheurs et chercheuses à présenter des articles qui discutent des défis et des limites théoriques et méthodologiques auxquels sont confrontées les nouvelles questions de recherche pour aborder les interfaces entre religion et genre dans les pays du continent, en considérant les changements dans le domaine social et religieux des dernières décennies. Nous accueillons des travaux issus de différents domaines de connaissances en sciences sociales et humaines, ainsi que des domaines d’études qui se situent à l'intersection de ces thèmes.
Nous proposons de stimuler la réflexion sur les défis éthiques auxquels sont confrontés les chercheurs face aux nouveaux modèles théoriques et méthodologiques utilisés dans notre région et au-delà.
Modalités de contribution
Date de réception : jusqu'au 1er décembre 2020.
Les articles seront originaux et inédits.
8 000 à 10 000 mots.
Soumettre par OJS: https://www.descentrada.fahce.unlp.edu.ar/user/register
Contacts à : decentrada.revista@gmail.com
Coordination
- Olívia Bandeira (LAR-Unicamp / GREPO - PUC-SP)
- Mari-Sol García Somoza (Canthel – Université de Paris / Universidad de Buenos Aires / Inalco)
- Sandra Mazo (CDD-Colombia)
Argument
Signs of significant religious change in Latin America can be seen in the growth of pluralism and religious traffic, like conversions to Islam, Judaisms and Buddhisms, the proliferation of forms of religiosity and spirituality associated with New Age and therapeutic communities, or the upsurge in less institutionalized forms of religious experience. This change is accompanied by greater religious participation in the public sphere and the increasingly frequent use by religious groups of mass and digital media.
The gender debate is of particular significance in this context, bringing together a broad range of religious agents working in churches, the media and the public sphere to defend moralities and worldviews that articulate such ideas as ‘defence of the family’, heteronormative patterns and ‘pro-life’ policies.
Other forms of conservatism geared to maintaining political and economic power are also in evidence. These are (primarily Christian) religious groups and leaders working in the public sphere, who seek to subordinate countries’ public policies and legislation to doctrinal religious principles. They especially focus on regulating policies around sexuality and reproduction – notably abortion, as we see in Argentina, Brazil, Chile, Mexico and Colombia – and to uphold the heteronormative and patriarchal family. Also, on the rise is action against sex education in schools and bills aimed at banning what these groups term ‘ideology’, as a way of discrediting studies and debates around gender issues.
Such action is an obstacle to policies promoting gender equity and recognition of the rights of the LGBTQIA+ population. It also represents a questioning of and attack on feminist theories and the agents leading these struggles for recognition and inclusion which have gained ground on the continent in recent decades. The achievements they had secured are now under threat.
Confrontations in the public sphere present not just religious arguments, but the increasing use by religious agents of scientific arguments, such as the biologising of conceptions of human nature and social order, and also of the language of rights. This asserts their right to participate in the public sphere as groups committed to religion.
Furthermore, old religious conceptions are maintained and new ones emerge to defend minorities and respect for gender issues: inclusive churches, feminist theologies, queer theology, black theologies and others add to traditional Latin American theologies, like liberation theology. Such changes spur researchers to imagine new alternative research questions and to construct innovative theoretical and methodological concepts to analyse Latin American gender and religious issues that also take account of intersectional perspectives.
This dossier invites researchers to submit papers discussing the theoretical and methodological challenges and limits facing new research questions in order to address the interfaces between religion and gender in Latin American countries in light of changes in the social and religious field in recent decades. We welcome works produced from different areas of knowledge in the social and human sciences, as well as areas and studies at the intersection of these issues.
We set out to encourage reflection on the ethical challenges faced by researchers regarding the new theoretical and methodological models used in our region and beyond.
Submission guidelines
Reception date: until December 1, 2020.
The articles will be original and unpublished.
8,000 to 10,000 words.
Submit by OJS: https://www.descentrada.fahce.unlp.edu.ar/user/register
Contacts to: decentrada.revista@gmail.com
Editors
- Olívia Bandeira (LAR-Unicamp / GREPO - PUC-SP)
- Mari-Sol García Somoza (Canthel – Université de Paris / Universidad de Buenos Aires / Inalco)
- Sandra Mazo (CDD-Colombia)